A Residencia de Estudiantes lançou a semana passada a nova web corporativa específica (garcia-lorca.org), organizando o acesso a mais de 15 milhões de referências virtuais a Lorca. Trata-se dum espaço de "referência básico para a vida e obra de Lorca", nas palavras da sobrinha do poeta e presidente da Fundação García Lorca, Laura García Lorca. O projecto teve o apoio de especialistas como Christopher Maurer (Univ. de Boston) e Andrés Sorria (Univ. de Granada).
sábado, 27 de dezembro de 2008
Federico García Lorca digital
A Residencia de Estudiantes lançou a semana passada a nova web corporativa específica (garcia-lorca.org), organizando o acesso a mais de 15 milhões de referências virtuais a Lorca. Trata-se dum espaço de "referência básico para a vida e obra de Lorca", nas palavras da sobrinha do poeta e presidente da Fundação García Lorca, Laura García Lorca. O projecto teve o apoio de especialistas como Christopher Maurer (Univ. de Boston) e Andrés Sorria (Univ. de Granada).
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
O Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal já está a funcionar
"A plataforma vai permitir aos investigadores portugueses disponibilizar os seus resultados das investigações científicas.O projecto, desenvolvido pela Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) e pela Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN) em colaboração com a Universidade do Minho - «pioneira no movimento de Repositórios Científicos de Acesso Aberto», diz o comunicado da FCNN - é uma plataforma informática que vai agregar conteúdos científicos em regime de acesso aberto. A informação será produzida pela «comunidade científica, nomeadamente pelas unidades de investigação e pelas universidades», diz Luís Magalhães, presidente do conselho executivo da UMIC. O objectivo é criar uma plataforma de informação científica nacional coerente, ao mesmo tempo mantendo a identidade corporativa. Actualmente, já integra as cinco bases de dados de instituições científicas e de ensino superior anteriormente existentes e espera a adesão de outras unidades de ensino. O RCAAP baseia-se no software de código aberto DSpace, criado pelo MIT precisamente para repositórios deste tipo, actualmente utilizado em várias partes do mundo. Luís Magalhães acrescenta que o sistema está «integrado num movimento internacional» de disponibilização e expansão enquanto instrumento de informação da actividade de investigação científica de acesso aberto".
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
Europeana, a biblioteca digital europeia
quinta-feira, 6 de novembro de 2008
Wikimedia Foundation: o livre acesso ao saber através da Internet
segunda-feira, 27 de outubro de 2008
PR exorta a um desenvolvimento mais harmonioso
Por ocasião da inauguração da Biblioteca Municipal José Cardoso Pires, em Vila de Rei (distrito de Castelo Branco), Cavaco Silva referiu que o interior do país "está como sempre mais longe dos investimentos e do emprego, e está despovoado como nunca esteve". É sua convicção "que o país, no seu todo, tem de assumir a responsabilidade de apostar num desenvolvimento mais humano e mais harmonioso". E deixou um alerta para a necessidade de se reforçar as políticas públicas orientadas para o desenvolvimento sustentável, de modo a travar o despovoamento do interior e, com ele, a corrosão social, política e territorial. Nas suas palavras: "A coesão territorial e a defesa da nossa identidade exigem uma atenção acrescida dos poderes públicos ao grave problema do despovoamento do interior". A notícia é do Público e pode ser lida aqui.
Planos de gestão do território português acessíveis na Internet
Este arquivo com sistema de pesquisa, designado por Sistema Nacional de Informação Territorial (SNIT), é da responsabilidade da Direcção-Geral do Ordenamento do Território e Desenvolvimento Urbano. Mais informações aqui.
quinta-feira, 4 de setembro de 2008
quinta-feira, 5 de junho de 2008
segunda-feira, 26 de maio de 2008
Os museus da resistência antifascista no mundo
Chile: o caminho da memória da resistência à Ditadura militar de Pinochet (1973-90) tem sido mais difícil, e só possível graças à acção de associações cívicas como a Corporación de Promoción y Defensa de los Derechos del Pueblo, a qual foi fundada em plena Ditadura militar de Pinochet (1980), a Derechos Chile e o Proyecto internacional de Derechos Humanos, criado em Londres.
Sítios pela memória da resistência antifascista
Aproveito para divulgar aqui um levantamento que fiz sobre os blogues e sítios de Internet que podem auxiliar na reflexão e estudo sobre a resistência antifascista e sobre a luta pela liberdade e a democracia em todo o mundo. Não é exaustivo, mas é um bom começo.
Blogues pela memória (Portugal)
Almanaque Republicano [Artur B. Mendonça & José M. Martins]
Amigos de Aristides e Angelina Sousa Mendes
António Aniceto Monteiro [Jorge Rezende]
Associação José Afonso
Cantaremos Adriano [Erva de Cheiro]
Coisas de outros tempos [Rezendes]
Eco-grafia [SR, JMV & JFSR]
Entre as brumas da memória [Joana Lopes]
Estudos sobre a Guerra Civil Espanhola [Tiago Barbosa Ribeiro]
Estudos sobre o Comunismo [José Pacheco Pereira]
Holocausto / Shoah [MJ]
Passado/Presente: a construção da memória no mundo contemporâneo
Raia Viva [Cong.º Internacional sobre a raia: 1936-1952]
Ruy Luís Gomes [Jorge Rezende]
Salazarices
TóColante [Papo-Seco]
Sítios pela memória (Portugal)
Adriano Correia de Oliveira [Escª Secª Emídio Navarro-Viseu]
Adriano sempre!
Arquivo de Cultura Portuguesa Contemporânea [BNL]
Arquivo de História Social [ICS-UL]
Associação 25 de Abril
Associação de Professores de História
Associação José Afonso
Biblioteca-Museu República e Resistência [CML]
Censura16 [Notícias da Amadora]
Centro de Documentação 25 de Abril [Universidade de Coimbra]
Centro de Documentação e Informação da Universidade Popular do Porto
Centro de Estudos de História Contemporânea Portuguesa [ISCTE]
Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX [Universidade de Coimbra]
CIDAC- Centro de Informação e Documentação Anti-Colonial
Colecção 25 Abril [Viva Abril]
Fundação Humberto Delgado
Fundação Mário Soares
Galeria virtual da censura [Museu Nacional da Imprensa]
Hemeroteca Digital da CML
Instituto de História Contemporânea da FCSH-UNL
memória de áfrica [Fundação Portugal-África]
Memórias na Internet de Maria de Lourdes Pintasilgo [Fundação Cuidar o Futuro]
Museu da Pessoa - Núcleo Português [Universidade do Minho]
Museu Virtual Aristides de Sousa Mendes
O barreiro na web [dossier tv25]
revista História
Sousa Mendes [Le Comité Nacional d'Hommagem à Aristides de Sousa Mendes, Bordéus]
URAP- União dos Resistentes Antifascistas Portugueses
Sítios pela memória (Alem.)
Stiftung Gedenkstätten Buchenwald und Mittelbau-Dora [Fundação dos Memoriais de Buchenwald e Mittelbau-Dora]
Topographie des Terrors [Fundação Topografia do Terror]
Sítios pela memória (Arg.)
Abuelas de Plaza de Mayo
Asociación de Ex detenidos-desaparecidos
Asociación Madres de Plaza de Mayo
Asociación Seré por la Memoria y la Vida
Centro de Estudios Legales y Sociales (CELS)
Comisión Provincial por la Memoria - Buenos Aires
Documentos desclasificados 1975-1984 (origem: FOIA, EUA)
Familiares de Desaparecidos y Detenidos por Razones Políticas
Grupo Fahrenheit
HIJOS- Hijos e hijas por la Identidad y la Justicia contra el Olvido y el Silencio
Justicia Ya
Madres de Plaza de Mayo - Linea Fundadora
memoria abierta
Memoria y Resistencia de los Presos Políticos
Nunca Mas
The Vanished Gallery
Zona Abierta (la marca editora, Memoria en construción)
Sítios pela memória (Austrália)
Australian War Memorial
Sítios pela memória (Áustria)
FIR- Fédération Internationale des Résistants - Association Antifasciste (Federação Internacional dos Resistentes - Assocº Antifascista, sediada em Viena]
DÖW- Dokumentationsarchiv des österreichischen Widerstandes [Centro de Documentação sobre a Resistência Austríaca]
Sítios pela memória (Bélgica)
CEGES- Centre d’Etudes et de Documentation Guerre et Sociétés contemporaines (Bruxelas)
Sítios pela memória (Brasil)
Centro de Direitos Humanos e Memória Popular
DHNet - Rede Direitos Humanos e Cultura
memória do movimento estudantil [Fundação Roberto Marinho]
Museu da Pessoa [São Paulo]
Tortura Nunca Mais [Rio de Janeiro]
Sítios pela memória (Chile)
Proyecto Internacional de Derechos Humanos
Derechos Chile
CODEPU- Corporación de Promoción y Defensa de los Derechos del Pueblo
Sítios pela memória (Espanha)
ADE- Asociación de Descendientes del Exilio Español
AFAR- Asociación de Familiares y Amigos de Represaliados de la II República por el franquismo
AGE- Archivo Guerra Civil y Exilio
Asociación Salamanca Memoria y Justicia
Asoziazión Cultural Bente d'Abiento [Aragão]
Associación de Amigos de las Brigadas Internacionales
Associación para la Recuperación de la Memoria Histórica
Associación Pozos de Caudé
CMHT- Coordinadora per a la Memòria Històrica i Democràtica de Catalunya
Comisión pola Memoria Siñor Afranio
El Canal de los Presos [da CGT-Andaluzia]
Espacio de Foro por la Memoria de Huelva
Federación Estatal de Foros por la Memoria
Fundacion Pablo Iglesias
Gernikako Bakearen Museoa Fundazioa [Fundação Museu da Paz de Guernica]
Radio Nizkor [La cuestión de la impunidad en España y los crímenes franquistas]
Sítios pela memória (EUA)
Nahum Goldmann Museum of the Jewish People
The Center for Advanced Holocaust Studies (USHMM)
The Holocaust History Project
United States Holocaust Memorial Museum
USC Shoah Foundation Institute for Visual History and Education
Sítios pela memória (França)
AERI- Association pour des Études sur la Résistance Intérieure [filiada na Fondation de la Résistance]
FNDIRP- Fédération Nationale des Déportés et Internés Résistants et Patriotes
Fondation pour la Mémoire de la Déportation
Fondation Pour la Mémoire de la Shoah
Institut d’histoire du temps présent [CNRS]
Mémoire de la déportation et de la résistance [portal temático]
Mémorial de la Shoah
On chantait quand même (chansons sous l'occupation) [Hall de la chanson]
Oradour-souviens-toi [massacre de Oradour sur Glane]
Sítios pela memória (Holanda)
Anne Frank Huis [Casa de Anne Frank]
Nederlands Instituut voor Oorlogsdocumentatie [Instituto Holandês de Documentação sobre a Guerra]
Verzetsmuseum [Museu da Resistência Holandesa]
Sítios pela memória (Hungria)
O Museu da Casa do Terror [rede de museus da Hungria]
Sítios pela memória (Israel)
Yad Vashem
Sítios pela memória (Itália)
ANPI- Associazione Nazionale Partigiani d'Italia
INSMLI- Istituto Nazionale per la Storia del Movimento di Liberazione in Italia
Istituto per la storia della Resistenza e della società contemporanea nelle province di Biella e Vercelli [filiado na INSMLI]
Museo virtuale dell'antifascismo e della Resistenza [Arezzo]
Sítios pela memória (Japão)
Hiroshima Peace Memorial Museum
Osaka International Peace Center
Sítios pela memória (Paraguai)
Coordinadora de Derechos Humanos
Museo de Las Memorias
Sítios pela memória (Reino Unido)
Imperial War Museum
Oral History Society
Refugee Communities History Project
Voices of the Holocaust [British Library]
Nb: este levantamento foi originalmente por mim realizado para o blogue do movimento cívico Não apaguem a memória!
segunda-feira, 14 de abril de 2008
Cientistas fotografam imagens mentais
in Público, 2008-03-06
"Um dispositivo capaz de "ler" o cérebro e de produzir uma imagem da experiência visual de uma pessoa poderá em breve tornar-se realidade", anuncia a revista Nature num lacónico comunicado, a propósito de resultados discretamente publicados na sua edição on-line hoje.
Será que percebemos bem? Estarão eles realmente a falar em detectar, nos meandros dos nossos neurónios, as imagens que a nossa mente forma quando olhamos para alguma coisa? Pois estão. Não é já para amanhã, mas o certo é que Jack Gallant e a sua equipa, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, acabam de dar um passo fundamental nesse sentido.
Utilizando apenas a análise dos padrões de actividade cerebral gerados pelo visionamento de imagens naturais, mostraram que é possível identificar, com grande precisão, a imagem que o cérebro humano está a ver.
A experiência que realizaram assemelha-se àquele truque que consiste em escolher uma carta sem a mostrar ao mágico, olhar para ela e tornar a inseri-la no baralho. Instantes depois e uns abracadabras mais tarde, o mágico puxa da carta certa e o público aplaude. Só que aqui não é magia.
Dir-te-ei o que vês
No laboratório, dois participantes (dois dos autores do estudo, Thomas Naselaris e Kendrick Kay) começaram por visionar, ao acaso, 1750 fotografias de objectos diversos. "Pessoas, sítios, animais, aquelas coisas que costumamos fotografar durante as férias", disse Gallant ao PÚBLICO. E graças à técnica de ressonância magnética funcional (fMRI), que permite visualizar em tempo real a actividade cerebral, registou-se o que estava a acontecer nas áreas visuais do cérebro, onde são processados os sinais nervosos vindos da retina.
A partir desses registos, e com base num modelo matemático que simula os processos cerebrais, os investigadores construíram um "descodificador" que produz, a partir de qualquer imagem, um determinado padrão de actividade cerebral. O modelo leva em conta, nomeadamente, "dicas" visuais que os neurobiólogos sabem que o cérebro utiliza para reconhecer o que vê, tais como a localização no espaço e a orientação dos elementos presentes na imagem apresentada.
Finda esta fase de "treino" do dispositivo, pediu-se aos participantes para olharem cada um para uma só imagem, desta vez escolhida ao acaso num conjunto de 120 fotografias, todas elas diferentes das que tinham visto até aí. Mais uma vez, registou-se a actividade cerebral de ambos.
Mas agora, em paralelo, os cientistas também recorreram à simulação matemática. Mais precisamente, para cada uma dessas 120 fotografias, o sistema descodificador gerou um padrão de actividade cerebral. O passo final foi escolher, entre todos esses padrões possíveis, aquele que mais se parecia com o padrão de actividade cerebral efectivamente produzido pelos participantes enquanto olhavam para a foto que lhe fora apresentada. Os resultados de múltiplos testes foram espectaculares: o modelo escolheu a fotografia certa em 92 por cento dos casos para Naselaris e em 72 por cento para Kay!
Quando o número de imagens possíveis aumenta, o desempenho diminui, mas mesmo assim é notável: com 1000 imagens, o descodificador ainda conseguiu identificar 82 por cento das imagens apresentadas a Naselaris. "Os nossos cálculos sugerem - dizem os autores - que num conjunto de mil milhões de imagens (da ordem das indexadas pelo Google na Internet), a imagem certa seria identificada perto de 20 por cento das vezes. Ou seja, se uma pessoa escolhesse e olhasse para uma fotografia ao acaso na Web, ainda seríamos capazes de identificar essa imagem a partir da actividade cerebral uma vez em cada cinco."
Sonhos e recordações
Se fosse possível identificar sistematicamente qualquer fotografia sem ter qualquer conhecimento prévio do conjunto onde foi escolhida, aí sim, poder-se-ia dizer que o dispositivo é capaz de "ver" as imagens dentro do cérebro. Mas isso ainda não aconteceu: "Ninguém consegue reconstruir a fotografia que a pessoa viu sem conhecer o conjunto de imagens donde ela foi tirada", explicam os autores.
"Contudo, os nossos resultados sugerem que poderá haver informação suficiente nos dados da fMRI para se conseguir chegar lá no futuro." De facto, uma coisa que este trabalho mostrou é que a informação contida nos dados de fMRI é muito mais rica do que se pensava.
Os cientistas vão ainda mais longe: se se confirmar que, quando sonhamos ou evocamos mentalmente uma cena, as imagens produzidas por essas experiências mentais são processadas pelo cérebro como se fossem imagens reais, vindas do mundo exterior através dos olhos, nada impede pensar que seja possível, um dia, descodificar também essas imagens "virtuais" com o mesmo tipo de
técnica. "Desde que as medições da actividade cerebral e os modelos matemáticos do cérebro tenham a qualidade suficiente, deverá ser possível, em teoria, descodificar o conteúdo visual de processos mentais como os sonhos, a memória e o imaginário."
quinta-feira, 13 de março de 2008
Clara Pinto Correia e os transgénicos
A carta aberta de Pedro Fevereiro em resposta ao programa de Clara Pinto Correia:
A opinião de Clara Pinto Correia sobre os transgénicos
Clara Pinto Correia também afirmou que [as plantas] “…porque se reproduzem muito depressa, têm três a quatro colheitas por ano, colonizam terras rochosas, terras arenosas, etc.” e que “… se tu plantas trigo três vezes por ano…”. É preciso esclarecer que não existe no mundo nenhum cereal que tenha três colheitas por ano (em Portugal, nem sequer duas colheitas por ano), quanto mais quatro. E que as variedades geneticamente modificadas, utilizadas em 2007 por mais de 12 milhões de agricultores não têm esta capacidade.
Clara Pinto Correia diz ainda que “Para já, são uma maneira de implementar a monocultura, ou seja, a produção fica toda nas mãos de uma companhia…”. A autora da frase confunde a venda de sementes com a produção agrícola e obvia que existem várias multinacionais que desenvolvem e comercializam sementes transgénicas. Clara Pinto Correia confunde ainda o público, pois a questão da monocultura não depende da adopção das variedades transgénicas, mas da utilização em grandes áreas geográficas de uma só variedade de uma só espécie, condicionando a produção e a economia dessa região a essa escolha. Na verdade, as variedades transgénicas aumentam a possibilidade de escolha dos produtores agrícolas (dos agricultores) dando-lhes mais opções de diversificação da produção com a redução de impactos (redução do uso de pesticidas e herbicidas) e maior controlo de pragas e doenças.
Clara Pinto Correia tece ainda considerações como: “Então, vá de mandar isto para os países africanos…” referindo-se a uma “variante vegetal geneticamente modificada que lhes dá muita vitamina C”. É necessário esclarecer que em África apenas são cultivadas variedades geneticamente modificadas na África do Sul e que os relatos dos pequenos agricultores que as utilizaram demonstram que estas variedades estão a ter um impacto determinante no combate à pobreza neste País. É ainda necessário esclarecer que não foram até agora comercializadas variedades geneticamente modificadas que produzam maior teor de vitamina C.
Clara Pinto Correia prestou um péssimo serviço ao público ao emitir este conjunto de opiniões descabidas e reveladoras de um total desconhecimento quer de Biologia das Plantas, quer de Agrobiotecnologia.
É pena que o Programa A1 Ciência permita que estas declarações sejam publicadas sem nenhum esclarecimento e sem a confrontação com a realidade científica e técnica actual.
Pedro Fevereiro
(Presidente do Centro de Informação de Biotecnologia)
quarta-feira, 23 de janeiro de 2008
Arquivo de Maria de Lourdes Pintasilgo disponível na Internet
O projecto Memória na Internet de Maria de Lourdes Pintasilgo foi iniciado em II/2006, com o apoio do Programa Operacional Sociedade do Conhecimento, e tem como fins "garantir o tratamento técnico de parte significativa do acervo documental" de Maria de Lourdes Pintasilgo e a sua "disponibilização em suporte digital e na Internet".
Trata-se da salvaguarda e divulgação para todos dum "arquivo de relevante interesse histórico, mas também dar um importante contributo para a organização do acesso público à informação". Por ora, pode-se aceder a c. de 10 mil dos 50 mil documentos do referido acervo, estando sob reserva a documentação desde 1986, ano da sua candidatura presidencial independente.
Maria de Lourdes Pintasilgo (1930-2004) foi dirigente da Mocidade Portuguesa Feminina (1944-53), presidente da JUCF (1951-60) e do Pax Romana - Movimento Internacional de Estudantes Católicos (1956-58), responsável do movimento internacional cristão Graal (1960-69), procuradora à Câmara Corporativa no marcelismo (1969-74), ministra dos Assuntos Sociais nos II e III governos provisórios (1974/5), presidente da Comissão da Condição Feminina (1975), embaixadora na UNESCO (1976-79), primeira-ministra do V Governo Constitucional (1979/80), co-fundadora do Movimento para o Aprofundamento da Democracia (1982-85), membro do Conselho da Universidade das Nações Unidas (1983-89) e do Clube de Roma, candidata presidencial independente em 1986, eurodeputada independente pelo PS (1987-89), co-presidente da Comissão Mundial de Globalização, entre vários outros cargos. Para mais informação biográfica vd. aqui e aqui.